terça-feira, 29 de abril de 2014

LOURES 2014 - 4.ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA A.M.LOURES - SESSÃO SOLENE DE 25 DE ABRIL

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              Comemorações do 25 de Abril

          Assembleia Municipal evoca valores democráticos

Assembleia Municipal evoca valores democráticos

 Os 40 anos do 25 de Abril foram assinalados no concelho de Loures com uma Assembleia Municipal no pavilhão da EB 2,3 de Santa Iria de Azóia. Os deputados saudaram os ideais de Abril mas não deixaram de criticar a atual situação do país.
A Assembleia Municipal, realizada no dia 25 de abril, abriu com a equipa de animação da Biblioteca Municipal José Saramago a dar vida a um poema de Sophia de Mello Breyner e, só depois, discursaram os representantes dos partidos com assento na Assembleia.
Fernanda Santos, presidente da Assembleia Municipal de Loures, começou por dizer que, apesar de hoje comemorarmos Abril, “o país vive um período negro da sua história”, em que o “Estado se demite das suas responsabilidades para com quem deve proteger e corta sistematicamente no apoio a quem precisa”.
Para a presidente, estamos perante um Governo que “persiste em considerar a Constituição como um entrave e, em cada orçamento do Estado, descaradamente, tenta passar por cima dos preceitos nela contidos”. Enquanto isso, “o Presidente da República demite-se da sua função de vigilante e, sorrateiramente, faz de conta que reprova enquanto aprova medidas cada vez mais gravosas para o povo português”, acrescentou.
Fernanda Santos abordou ainda a realidade do poder local democrático em Loures: “Desapareceram administrativamente dez freguesias no nosso concelho. Mas nós continuaremos a dizer que não aceitamos esta extinção e tudo faremos para a reverter”.
Nos outros discursos da sessão solene, os partidos relembraram os ideais de Abril, mas não deixaram de evocar, de forma crítica, a atual situação do país, com o representante do PS, Pedro Cabeça, a apelar à defesa dos valores que fizeram Abril, “para nos indignarmos contra o estado a que isto chegou” e contra “uma tecnocracia de números sem rosto”. Segundo o deputado, é importante “fazer renascer o gosto pela luta e combate contra a cegueira de uma economia de sentido único”.
O representante do PCTP/MRPP apelidou o Governo de “autoritário” que “nos quer fazer regressar aos tempos mais negros da nossa história”. Para João Mendes Alexandre, “perdemos a nossa independência e encontramo-nos numa situação de protetorado e submissão aceite por este Governo de traição nacional”.
Já a porta-voz do CDS/PP, Lisete Teixeira do Carmo, preferiu apelar a uma causa nobre: “O sangue é o sopro da vida. O meu apelo vem ao encontro destas comemorações para que se organize uma campanha doadora diferente, didática, pedagógica e cultural, com o objetivo de incentivar e dar a conhecer à população a necessidade de doarmos sangue”.
Na mesma linha de críticas ao Poder Central, Carlos Gonçalves, do Bloco de Esquerda, referiu que “nunca como hoje um Governo fez do fascismo social a sua imagem de marca. A chantagem da dívida é o argumento para a imposição da austeridade que mata a economia e o país”.
Por seu lado, a coligação Loures sabe Mudar, através de João Manuel Varandas, preferiu salientar o crescimento do país em diversas áreas, relembrando que em 2011, Portugal era o “quinto país com melhor evolução na esperança média de vida, o terceiro em que a despesa pública em saúde menos cresceu, e o segundo com menos crescimento da despesa total em saúde, entre 2000 e 2009”.
Por fim, a CDU, representada pelo deputado João Paulo Simões, criticou o facto de o país estar “sob uma inaceitável intervenção externa que agride a sua inalienável soberania e que põe em risco a independência nacional”.
Para o porta-voz da CDU, trata-se de um “pacto de agressão negociado e subscrito num verdadeiro acto de submissão nacional por PS, PSD e CDS, com a cumplicidade do Presidente da República, dirigido para a exploração dos trabalhadores, que fere as liberdades do povo português, empobrece o país e empurra para o desemprego e emigração milhares de portugueses”.
A sessão solene terminou com a atuação do coro do Conservatório d’Artes de Loures, que encerrou a Assembleia com a célebre “Grândola Vila Morena”, canção escolhida em 1974 pelo Movimento das Forças Armadas para ser a segunda senha de sinalização da Revolução dos Cravos.
Revolução com Futuro é o mote para as comemorações do quadragésimo aniversário do 25 de Abril, em Loures, que tiveram início a 15 de março e decorrem até 4 de maio com iniciativas de vária índole. Conheça aqui todo o programa das comemorações.


Veja, também,  o Vídeo!

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