sexta-feira, 28 de junho de 2013

MOSCAVIDE, E AGORA ? ( PARA REFLEXÃO)!

Em 17 de janeiro de 2013, publicámos um post com o título  " MOSCAVIDE, E AGORA"?
Decidimos publicá-lo - mais uma vez - por o mesmo continuar actual e para que os Moscavidenses tirem as suas conclusões: 


"Com protestos, manifestações e muitas figas, a proposta de lei de reforma administrativa das freguesias fez o seu curso. Para breve, espera-se a sua promulgação pelo Sr. Presidente da República.

Tudo sem surpresas, tudo como previsto, a bem da troika!

Com um destino assim traçado, só a queda mais que improvável do Governo poderia augurar a esta proposta de lei um futuro diferente. Se todos sabiam que assim ia acontecer porque razão os autarcas não encararam a hipótese de negociar a proposta do Governo? Porque não apresentaram alternativas?

Vejamos o caso da freguesia de Moscavide. Em termos formais, nada a apontar. Os autarcas pronunciaram-se, manifestaram-se contra e, tal como muitos outros por esse país fora, "lavaram as mãos" do problema. Mas foi esta a melhor atitude política para a freguesia, a que melhor serviu os seus interesses e os da sua população?

Vejamos:

- Moscavide viu-lhe ser amputada uma parte substancial do seu território para a constituição da Freguesia do Oriente (Parque das Nações). Um processo desencadeado pela Câmara de Lisboa que mereceu o acolhimento da Assembleia da República. Os moradores da nova freguesia podiam ter optado pelo Concelho de Loures, mas preferiram o de Lisboa. Estão no seu pleno direito. O que fizeram os nossos autarcas? Protestaram, protestaram, mas o território foi para a nova freguesia e esta para um outro concelho que não Loures.

- Em 1998, devido à oposição das freguesias da Portela e de Moscavide, foi inviabilizado a constituição do Concelho de Sacavem. Nessa altura várias vozes admitiram o cenário de uma adesão destas freguesias a Lisboa. Porém, com a conquista da Câmara de Loures pelo PS, em 2001, após 22 anos de derrotas sucessivas a favor do PCP (uma interessante história por contar), a idéia perdeu fôlego e apoiantes. Morreu e tão depressa não se vislumbra qualquer vontade de reencarnação.

- Mas com a actual reforma, que desde o início se sabia ser irreversível, e quando estão sendo dados passos mais ousados para a agregação de municipios, será que é do interesse dos moradores a criação da União de Freguesias de Moscavide e Portela? Não existiriam alternativas que pudessem, pelo menos no que respeita a Moscavide, ir de encontro aos reais interesses dos seus fregueses?

- É óbvio que sim. Moscavide podia e devia ter equacionado a hipótese de adesão a Lisboa no preciso momento em que se desencadeou o processo para a criação da Freguesia do Oriente. Podia e devia ter realizado uma consulta à população. Se a uma parte da freguesia foi-lhe dada a possibilidade de optar pelo concelho a que queria pertencer, porque razão não foi dado esse direito à outra parte? Aliás, por esse País fora, outras freguesias o fizeram mediante prévia auscultação popular. Sem dramas e a contento de todos.

- Como as coisas foram conduzidas não houve opção mas imposição. Do Governo, é certo, mas também dos nossos autarcas que não receberam mandato para tomarem decisões ou, melhor, não decisões em matérias desta natureza.

- E agora, Moscavide? Depois de tudo o mais agora até a sua identidade vai perder? Em nome de que interesses?

Zeferino Dias"

4 Comentários:

Às 30 de junho de 2013 às 11:51 , Anonymous Anónimo disse...

Sempre foi bem claro que os fregueses de Moscavide nunca quiseram perder a sua identidade, que passa por deixar de pertencer ao Município de Loures.
Em 1998 a grande maioria da população queria continuar a pertencer a Loures e nunca à recem criada Cidade de Sacavem.
Bem como pertencer a Freguesia do Parque das Nações foi realizado algum referendo à população? Ninguém tem conhecimento de tal situação! Como se pode afirmar tal injúria!!!

 
Às 1 de julho de 2013 às 22:47 , Anonymous Anónimo disse...

Como se pode dizer que a maioria da população quer isto ou quer aquilo se ela não é ouvida? Os referendos servem para isso. É um facto que não houve referendo sobre o Parque das Nações para pertencer a Lisboa. Mas também é verdade que estando o território dividido por 3 freguesias (duas delas pertencentes a Loures) a Associação de Moradores que lutou pela criação da freguesia do Oriente sempre pugnou para que esta ficasse adstrita a Lisboa! E alguém tem dúvidas de que Moscavide se identifica mais com os Olivais e Lisboa do que com Loures? Se têm dúvidas porque não fizeram um referendo? A verdade é que se os autarcas de Moscavide pensassem mais nos moradores do que nos seus próprios interesses teriam promovido um debate público. É o mínimo que se lhes exigia quando lhes foi dada a conhecer a famigerada lei do Relvas. Moscavide perdeu a oportunidade de continuar como freguesia autónoma única e exclusivamente por culpa dos seus autarcas.
Fernando de Sousa

 
Às 13 de julho de 2013 às 20:48 , Anonymous Anónimo disse...

Alguma vez Moscavide queria pertencer a Lisboa? Acho que o verdadeiro Moscavidense nunca estaria de acordo.

 
Às 24 de julho de 2013 às 00:00 , Anonymous Anónimo disse...

O que significa para si 'o verdadeiro moscavidense'? A Junta de Moscavide, cujos membros não residem na freguesia, não se mexeu porque não lhes interessou. A lei Relvas abriu-lhes a porta a poderem concorrer a novo mandato pela união com a Portela. Não fosse isso e o Sr Lima (pai) tinha que mudar de vida! Depois, se Moscavide aderisse a Lisboa a mulher dele tinha que mudar de vida porque não tinha lugar em Lisboa com as mordomias que tem em Loures. O mesmo aconteceria com o Lima (filho) que não passaria sequer da porta da Câmara de Lisboa quanto mais ser seu vereador como acontece em Loures. Estas, e mais algumas, foram as verdadeiras razões porque Moscavide perdeu a sua autonomia!!!

 

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