segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FACTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERNO DA ALEMANHA EM 2011



Dado o seu interesse, partilho convosco a tradução para português da "análise introdutória" de um trabalho elaborado pelo governo alemão, intitulado FACTOS SOBRE O COMÉRCIO EXTERNO DA ALEMANHA EM 2011, cuja publicação ( em pdf ) encontrará no link que se segue. Junto, também, em anexo, o referido pdf.

http://www.bmwi.de/English/Navigation/External-economic-policy/promotion-of-foreign-trade-and-investment.html

Verá que não deixará de se interrogar, nomeadamente, sobre o verdadeiro papel da Alemanha na actual crise financeira e sobre o futuro da Europa e do Euro. E, de tirar as suas próprias conclusões.Espero que gostem e o partilhe com amigos e conhecidos.

Em 2011, a Alemanha foi o terceiro maior exportador do mundo ( em $ USA, atrás da China e USA) e o terceiro maior importador ( atrás dos USA e China) de mercadorias

A quota da Alemanha no comércio mundial ( exportações e importações em $ USA ) permaneceu quase inalterada em 2011, 7,5% ( 2010: 7,6% ). A quota dos USA no comércio mundial foi de 10, 3% ( 2010: 10,6% ) e a da China aumentou para 10,0% ( 2010: 9,7% ).
O ratio das exportações ( ou seja, a proporção das exportações relativamente ao PIB ) fixou-se em 50,1% em 2011; o ratio das importações foi de 45,0%. O grau de abertura ( critério: importações mais exportações em relação ao PIB ) ficou em 95,1% ( 2010: 88,2% ). Isto faz da Alemanha a maior economia "aberta" de todos os Países do G7.

O superávit do comércio com o exterior foi de 5,1% em relação ao PIB. A procura externa líquida contibuíu aproximadamente em 1/4 da expansão do PIB ( PIB + 3,0%; procura líquida externa + 0,8 pontos percentuais ).

Os principais parceiros comerciais continuam a ser os Países Europeus que receberam 71% das exportações alemãs, e dos quais vieram 69% das importações alemãs. O comércio com outros países da UE ( comércio de mercadorias dentro da UE ) foi responsável por 52, 9% das exportações e por 56,3% das importações. As quotas de comércio com Zona Euro totalizaram 39,7% das exportações ( quotas: França 9,6; Holanda 6,5%; Italia 5,9%) e 37,7% das importações ( quotas: Holanda 9,1%; França 7,4%; Itália 5,4% ).

Os principais mercados de venda dos produtos alemães, para fora do espaço da UE, foram os USA ( 7,0% ), China ( 6,1% ) e Suíça ( 4,5% ). Os principais fornecedores de fora do espaço da UE foram a China ( 8,8% ), USA ( 5,4% ) e Rússia ( 4,5% ).

A proporção dos bens no total das exportações ( bens e serviços) foi de 85,7%, e de 82,3% no conjunto das importações.

Veículos e peças de veículos ( 17,4% ), maquinaria ( 15,2% ), produtos químicos ( 9,5% ) e computadores/equipamentos eléctricos ( 8,0 % ) representaram as maiores quotas das exportações. Os principais produtos importados foram computadores/equipamento eléctrico ( 9,9% ), petróleo e gaz ( 9,1% ), carros e partes de carrros ( 9,0% ) e produtos químicos ( 7,9 % ).

Tal como no ano anterior, a Alemanha registou um superávit no comércio de mercadorias de 158,2 biliões de euros ( 2010: 154,9 bilioes de euros). Um total de 119,1 biliões de euros foi com outros países da UE, dos quais 80,3 biliões foi com países da Zona Euro. As exportações para a UE ascenderam a 627,3 biliões de euros ( dos quais 420,8 biliões foi para a Zona Euro ) em contraste com importações no valor de 508,2 biliões de euros ( 340,5 biliões de euros da Zona Euro ).

Isto significa que aproximadamente 3/4 ( 75,3%) do superávit total do comércio alemão é devido ao excedente de exportações em relação aos outros 26 países da UE, sendo metade deste excedente ( 50,8% ) para a Zona Euro sózinha.

Em termos de países individualmente, a Alemanha registou o maior superávit comercial comparativamente com a França ( 35,1 biliões de euros ou 22,2% ), os USA ( 25,4 biliões de euros ou 16, 1% ), Grã-Bretanha ( 20, 4 biliões de euros ou 12, 9% ) e Austria ( 20,2 biliões ou 12, 7% ). Tal como no passado, os mais elevados déficits na Balança Comercial foram com a China ( -14,4 biliões de euros ou 9,1% ) a Holanda e Noruega ( cada -12,8 biliões de euros ou 8,1% ) e Japão ( -8,4 biliões de euros ou 5,3% ).

Tal como em anos anteriores, a Alemanha registou um superávit no comércio de bens e um déficit comercial nos serviços de 22,0 biliões ( 2010: 21,8 biliões de euros).

Quase 1/4 dos empregos ( 24% ) depende directa ou indirectamente das exportações ( 1995: 15% ). No sector industrial a proporção foi quase um em cada dois empregos ( 55% ), mas no sector dos serviços foi de apenas 1 em 7 ( 15% ).

Mais de 1/3 da procura interna é coberto por importações ( taxa de penetração de importações de 34%; 1991 abaixo de 20% ). No caso das exportações, a quota de produtos importados a montante é actualmente significativamente elevada, de 42%. ( 1995: 29,7% )
------------------------------------------------------------------------------------------------- P.S. - Para se ter uma dimensão dos valores em causa ( entenda-se que bilião é, no caso vertente, mil milhões ), o PIB português em 2011 rondou os 171,1 biliões de euros.

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