quinta-feira, 23 de junho de 2011

SERÁ QUE TEMOS PASSOS CERTEIROS?




1. SERÁ PARA MANTER?

Passos Coelho cumpre a promessa de viajar em económica em viagens aéreas para a Europa

Passos Coelho ordenou a mudança da classe executiva para económica do seu bilhete para o voo de amanhã, para Bruxelas, onde vai participar na reunião com os restantes chefes de governo da União Europeia . A mudança aplica-se aos seus quatro acompanhantes.

A Top Atlântico, agência de viagens que trabalha com o Governo, procedera como era hábito: reservara, a pedido do gabinete do primeiro-ministro, cinco bilhetes em classe executiva para o primeiro voo da TAP (7h55 h), Lisboa-Bruxelas, de quinta-feira, 23.

Em causa, estava a viagem de estreia de Passos Coelho para cimeiras da União Europeia. A reserva incluía os bilhetes do seu chefe de gabinete, Ribeiro de Menezes, assessor de imprensa, Rui Baptista e dois seguranças.

Downgrade de bilhete é inédito

Hoje, porém, os serviços da TAP ficaram sobressaltados. A Top Atlântico tinha uma exigência de última hora. Pedia para colocar a comitiva de Passos Coelho a viajar em classe económica, sem estatuto especial.

Como havia lugares disponíveis, a transferência procedeu-se com facilidade. E Passos Coelho cumpre a promessa de, nos voos para a Europa, o Governo utilizar a classe económica. O regresso, amanhã à noite, será igualmente realizado em económica.

Os serviços da TAP já estavam habituados a receber pedidos para procederem ao upgrade de bilhetes, passando de económica para executiva. Mas, nunca acontecera a situação inversa, agora protagonizada pelo novo primeiro-ministro.

Já o pedido de Passos Coelho para prescindir do uso da sala VIP da Portela não pôde ser atendido, por razões de protocolo e segurança.

2. OS DEPUTADOS ESTAVAM MAL HABITUADOS

"O presidente da AR, Jaime Gama, no final de 2009, impôs alterações ao regulamento interno que fixa o regime de viagens dos deputados que integram as delegações que representam o Parlamento português em organismos internacionais. Com duas alterações substanciais. Os deputados deixam de poder viajar em 1ª classe e passam a viajar apenas em executiva, sem a possibilidade de desdobrar bilhetes, trocando o seu lugar em 1ª por 2 lugares em executiva, para poderem viajar de quem lhes dava mais gosto. JG não se justificou, nem precisava de o fazer, é uma medida polémica, que de há muitos anos a esta parte causa celeuma. Consta que esta alteração se impôs depois do incidente causado com a delegação portuguesa à União Interparlamentar, em que um deputado terá aproveitado uma reunião em Adis Abeba (Etiópia), para, no regresso, ficar mais uns dois diazinhos no Dubai a passar a Páscoa com a família, e outro deputado viajou para Omã com a mulher. Uma viagem entre Lisboa e África com um desvio pelo Golfo Pérsico. Diga-se que estas histórias sempre ocorreram na AR e que isso nem constitui qualquer irregularidade, porque o procedimento tinha enquadramento legal e porque daí não resultava qualquer aumento de custos para a Assembleia (nestes casos as despesas são suportados pelos deputados). Entendia-se apenas que era um comportamento questionável à luz, digamos, da moral. Se a lei confere aos deputados o direito a viajar em executiva isso fundamenta-se porque representam o país como seus altos dignatários e, portanto, viajar em 1ª subverte o espírito da lei. Com as novas regras fica também proibido o uso das viagens oficiais para contabilizar e fidelizar milhas nos cartões individuais dos deputados. E os membros suplentes da AR deixam de poder viajar nas delegações. Estas alterações foram propostas pela secretária-geral da AR, Adelina Sá Carvalho, ao Conselho de Administraçã, no final da última sessão parlamentar, após a Páscoa e o escândalo das "férias no Dubai". No mandato de Almeida Santos, os bilhetes só podiam ser desdobrados para levar como acompanhante o cônjuge. Em 2004, Mota Amaral, introduziu a possibilidade de o acompanhante poder ser um companheiro ou um familiar".

3. LEMBRAM-SE DO PÓS 25 de ABRIL DE 1974

Como se vivia o período de grandes mudanças - na democracia portuguesa -os membros dos novos governosoptaram por viaturas discretas .



Passados vários anos, esquecido o período revolucionário, de viaturas normais passaram para máquinas de luxo e de grandes cilindradas , por exemplo BMW`s, MERCEDES, AUDIS,etc, etc.



Espero que desta vez a austeridade seja uma realidade, começando pelo Primeiro-Ministro.





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