sábado, 19 de março de 2011

UM CONTRA TODOS... BASTA!



O mesmo homem que há pouco mais de um ano negava a crise, anuncia agora o caos.

O mesmo político que há duas semanas afirmava que a execução orçamental estava no bom caminho, apresenta uma semana depois novas medidas de contenção para garantir o défice de 2011.

O mesmo primeiro-ministro que garantiu aos portugueses que os sacrifícios já pedidos chegavam, congela as pensões de sobrevivência.

O homem, o político, o primeiro-ministro são o mesmo. Chama-se José Sócrates.

Ele já mostrou que é capaz de dizer uma coisa hoje e outra amanhã, sem constrangimento de qualquer espécie.

Ele tem sempre razão, o mundo é que está errado.

Ele está sempre no local certo, os outros é que mudam.

Ele leva-nos para o abismo, mas está sempre salvo.

Ele é capaz de tudo, para sobreviver.
E é mesmo de sobrevivência, política, claro está, que se trata. Para o conseguir José Sócrates percorre um caminho solitário. É ele contra todos.

Até à semana passada era ele contra o FMI e o Fundo de Resgate.
Agora está também contra o Presidente da República, contra o Parlamento, contra a oposição, contra uma parte do seu próprio partido. Só ele interpreta o interesse nacional, a vontade dos portugueses, o desígnio da pátria.

Ele é um iluminado. Está acima dos poderes e das instituições. Trata os seus adversários com desprezo e os seus próprios correligionários com desdém. O poder é ele. Tudo o resto é instrumental. O Governo já não existe ha muito. Os ministros andam perdidos. A governação resume-se à desesperada estratégia de garantir o poder a José Sócrates.

Este primeiro-ministro que assim actua no seu país, é outro quando passa a fronteira. Presta contas a Merkel, mas recusa-se a falar com Cavaco. Negoceia medidas em Bruxelas, mas ignora o Parlamento do seu país. Faz solícito o que lhe mandam lá fora, mas enche o peito cá dentro. Em Portugal é um "animal feroz", no estrangeiro é um "animal dócil".

Por imposição externa, lançou o caos político interno. O país está refém de José Sócrates. É, pelo menos, o que ele pensa.

Sem o PEC IV, que ele negociou sem dar cavaco a ninguém, é o colapso, a tragédia, desgraças sem fim. Como se o país não estivesse já à beira da bancarrota e os portugueses não estivessem a viver em plena desgraça.

José Sócrates está sozinho contra todos. Mas a sua solidão, quase demencial, não pode transformar Portugal numa casa de loucos.


-----------------------VEJA SE DESCOBRE OUTROS CULPADOS---------------------------

1 Comentários:

Às 19 de março de 2011 às 22:36 , Anonymous Guilhó Tina disse...

faltam tantos...

 

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