terça-feira, 11 de janeiro de 2011

VENHA O DIABO E ESCOLHA

ASSIM VAI O NOSSO PAÍS:



1-. CAVACO SILVA E O CASO BPN.

Cavaco Silva pagou um preço especial pelas 105.378 acções da Sociedade Lusa de Negócios ( SLN ) que comprou em 2001.
Pagou 1 (um) euro por acção, um valor que está muito abaixo do preço pago por outros accionistas ( entre 1,8 e 2,2 euros ) durante o aumento de capital realizado meses antes, em Novembro de 2000. Só quatro accionistas " especiais " - o ex-presidente do grupo, José Oliveira Costa e mais três sociedades do grupo SLN - tiveram direito a comprar, nessa altura, acções a 1 ( um ) euro.
Este facto surpreendeu alguns accionistas da SLN que não tinham conhecimento da situação e que consideram desajustado da realidade, porque eles próprios tiveram de pagar 1,8 euros. Ou seja, Cavaco Silva comprou as acções bastante abaixo do valor a que as acções eram negociadas na altura, tendo-as vendido depois por 2,4 euros, obtendo assim mais valias de 147. 500 euros.
A sua filha Patrícia também comprou e vendeu acções da SLN na mesma altura, tendo obtido mais-valias de 209,400 euros. tal como o Expresso noticiou em Maio de 2009.
O Jornal Expresso questionou o Presidente da República sobre o investimento em acções da SLN, pedindo-lhe inclusivamente que explicasse por que motivo tinha comprado as acções a 1 euro e se tinha conhecimento de que as acções dda SLN tinham sido vendidas num aumento de capital feito em 2000 a 2,2 euros para não accionistas. Mas não obteve resposta.
Alberto Figueiredo, presidente da SLN Valor ( a empresa que comprou as acções a Cavaco e à sua filha por 2,4 euros e membro da Comissão de Honra da sua candidatura à Presidência da República, disse que não existe qualquer contrato relativo à transacção destas acções, porque não se tratava de um contrato de recompra de acções. Acrescentou ainda que que não se admira que Cavaco Silva tivesse "acesso a alguma informação de que as coisas não estavam a ser transparentes e tivesse optado por sair".
Conclusão: Será por acaso que Cavaco no debate com Manuel Alegre preferiu falar do BPN colocando a questão na nova administração? Ou seja, que além do apuramento das responsabilidade passadas, a cargo da Justiça, há que explicar aos portugueses o que se fez depois disso e qual é a dimensão e os resultados dos investimentos no banco nos últimos dois anos e que será pago pelo bolso dos contribuintes, como exigiu a candidatura no texto da declaração? Que sabe Cavaco?
( jornal Expresso de 08 de Janeiro de 2011)

2- MANUEL ALEGRE E O BPP.

Manuel Alegre escreveu um texto sobre dinheiro para uma campanha do BPP, associando o seu nome e a sua cara à imagem do banco de João Rendeiro. Este facto que tinha caído na esquecimento, foi recordado, na SIC-Notícias, por Teresa Caeiro.
A deputada do CDS, que apoia oficialmente Cavaco, na sua intervenção frisou dois pontos: primeiro, que Alegre entrou numa campanha publicitária comercial, o que é impedido aos deputados; segundo, que , tal como Cavaco não podia saber o que se passava no BPN, também
Alegre se terá envolvido com o BPP sem suspeitar do que se passava.
Manuel Alegre garante que não sabia que se tratava de uma campanha publicitária- publicada na Única, nas edições de 7, 14 e 21 de Maio de 2005- e assegura que, mal se apercebeu, devolveu os 1.500 euros que lhe pagaram pela colaboração. O cheque foi para aq BBDO, a agências criativa, que o remeteu para o BPP.
(Jornal Expresso de 08 de Janeiro de 2011).

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