HISTÓRIAS DA FACULDADE DE DIREITO

- Um caso real de uma finalista de direito.
- Havia um advogado que mandava sempre um e-mail aos amigos a relatar os casos mais caricatos dos tribunais. Desta vez o episódio ocorrera na faculdade de Direito.
- "Caros amigos.Desculpem o incómodo, mas a estas horas da madrugada não podia deixar de partilhar este "enervamento" com todos vós. Como sabem, dou aulas na Faculdade de Direito desde 1992-1993... e já dei aulas ao 1º., ao 3º., ao 4º. e ao 5º. anos do curso de licenciatura.
Já li muito disparate, já encontrei muito aluno que escreve mal, e até alunos que dão um ou outro erro ortográfico...(não conto problemas de semântica, construção frásica, etc... isso é banal!).
- Mas esta noite superou-se tudo. Redefiniu-se o paradigma mínimo daquilo que para mim era o aluno que se licenciava. Assim, numa única prova, em apenas três respostas escritas, uma aluna conseguiu a proeza de escrever os seguintes «mimos»...
-Deichar/ deichando
-Prescrissão
-Execuente
-Discução
-Esta carateristicas
-Recorrer «de uma acção» ( queria dizer «a uma acção»
-Descutiu-se
-Não preocupando-se

Só lhe faltou mesmo assinar «Elça»... mas o nome deve ter conseguido aprender à força de preencher formulários!
- E será licenciada em direito não tarda... pois é «quintanista»... Mas se não foi desta, porque não passou de um 4 neste exame, brevemente estará por aí, a advogar num mega-escritório de advogados de sucesso, a promover acusações em processo penal ou a tutelar menores desvalidos, ou a julgar casos na Boa-Hora ou no Palácio da Justiça... é em mãos destas que no futuro entregaremos a nossa vida, a nossa honra e o nosso património... é que nem nos livros pelos quais leu a matéria, aprendeu a escrever palavras que lá estariam escritas preto no branco em letra de forma! E com o sistema de Bolonha não se bastará com ser licenciada! Será Mestre"
( Do livro " AS EXTRAORDINÁRIAS AVENTURAS DA JUSTIÇA PORTUGUESA" da autoria de SOFIA PINTO COELHO )