sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ATROPELAR MORTALMENTE E FICAR COM A CARTA

Jovem que arrastou mulher foi libertado pelo juiz e carta não foi apreendida.
O jovem que na segunda-feira atropelou mortalmente uma mulher, de 51 anos, em Loures, arrastando o seu corpo ao longo de dois quilómetros, continua a poder conduzir. Presente ao juiz, ficou em liberdade e na posse da sua carta de condução.
Luís R., de 24 anos, foi presente ao juiz, na tarde de quarta-feira e terá, ao que o JN apurou, confessando que não se apercebeu da gravidade do acidente, ocorrido em Lousa, e por esse facto não parou a marcha do automóvel. A vítima, Maria Isabel Lima, foi arrastada em cima do capô do automóvel. O condutor fez com que o corpo caísse e fugiu.
O juiz do Tribunal de Loures entendeu que não existe "perigo de fuga" por parte do arguido, pelo que acabou por decretar como medida de coacção o termo de identidade e residência (a opção menos gravosa), apresentações semanais no posto da Malveira da GNR e ainda a proibição de frequentar a zona de Lousa, local onde ocorreu o acidente, presume-se que para salvaguarda da sua própria integridade física.
No entanto, o juiz não lhe decretou qualquer sanção que o iniba de conduzir, pelo que o jovem pode guiar normalmente, pelo menos até ser novamente presente a tribunal para julgamento.
Como a sua detenção não se verificou em flagrante delito - a GNR acabou por interceptar o indivíduo quase 15 horas depois do acidente -, a sua carta de condução também não foi apreendida pelos elementos desta força de segurança. De notar que só quando a detenção acontece em flagrante é que o infractor vê, imediatamente, o documento apreendido.
Pelas 20 horas de segunda-feira, Maria Isabel Lima preparava-se para atravessar a estrada, frente a sua casa, em Lousa, concelho de Loures, numa passadeira. Foi colhida pelo automóvel do arguido, um Seat Léon, e arrastada ao longo de dois quilómetros pela Estrada Nacional 8 (EN8), até Freixeira, já no concelho de Mafra. Teve morte imediata.
O suspeito colocou-se em fuga, mas a GNR acabou por localizá-lo, bem como ao automóvel que guiava na altura do acidente, já apreendido e sujeito a diversas perícias por parte de elementos da Polícia Judiciária (PJ).
Fonte policial revelou ao JN que o indivíduo não resistiu, quando a GNR o interceptou na sua residência, na Venda do Pinheiro. No entanto, como não existiu flagrante delito acabou por não ser detido, sendo apenas identificado e notificado para comparecer em tribunal no dia seguinte.
(Fonte: Jornal de Notícias)


NOTA: Parece que vale a pena fugir depois de se atropelar alguém.
Lembram-se de Yuran (ex.jogador do Futebol Clube do Porto) que numa madrugada, na cidade do Porto, atropelou mortalmente um jogador de Basquetebol do mesmo clube pondo-se em fuga e só muito mais tarde foi detido, soprando nessa altura no balão. Deixou a viatura no local do acidente mas teve quem lhe desse "boleia".

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